segunda-feira, 14 de março de 2011

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Amazônia e Nordeste devem ter menos chuvas até 2100, diz pesquisa

Relatório finalizado recentemente pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) para Mudanças Climáticas, vinculado ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), aponta que o bioma amazônico e o Nordeste do país deverão ter menos chuvas e mais secas no século 21. O relatório considera análises feitas durante 2009 e 2010 e integra dados de 26 projetos distintos.

De acordo com o instituto, que reúne diversas entidades de pesquisa e ajuda a embasar programas de implementação do Plano Nacional sobre Mudança do Clima, a quantidade de chuvas na Amazônia e no Nordeste brasileiro terão redução de até 40% até 2100.

No mesmo período, as chuvas deverão aumentar cerca de 30% em áreas do sudeste da América do Sul, incluíndo a bacia Paraná La Plata, segundo o relatório.

Parte do aquecimento na Amazônia, por exemplo, pode ser explicada por uma das pesquisas anexas, segundo a qual 30% da radiação solar em áreas de Manaus (AM) e Porto Velho (RO) é absorvida por partículas atmosféricas provenientes de emissões de queimadas. Agora, cientistas avaliam os efeitos dos aerossóis sobre a saúde das populações.

A prevalência de males como a leptospiroses, a dengue, doenças respiratórias e cardiovasculares também foi analisada por estudos vinculados ao relatório. Um dos exemplos mais preocupantes diz respeito à incidência de dengue em municípios amazônicos.

Em Manaus, a doença estaria associada a outras transmitidas pela água, por exemplo. Segundo o relatório, atividades humanas pelo uso da terra e o avanço do desmatamento poderiam colaborar com o aumenta da incidência da dengue em áreas próximas a capital do Amazonas. (Fonte: Globo Natureza)

domingo, 13 de março de 2011

Após 22 anos, Museu de Ciências Naturais da Amazônia fecha as portas

Inaugurado em 1988 em Manaus (AM), o Museu de Ciências Naturais da Amazônia está prestes a fechar as portais por conta de problemas financeiros e níveis baixos de visitação turística.

Com 93 espécies amazônicas de peixes e 380 insetos em exposição, mais o acervo técnico fechado para o turismo, o museu funcionará apenas até o dia 30 de março. Depois disso, permanece fechado provavelmente até a Copa do Mundo, em 2014, quando gestores do local pretendem ter a casa aberta novamente para visitação.

Campanha da Fraternidade tratará de aquecimento global

A Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou nesta quarta-feira (9) a Campanha da Fraternidade 2011. Com o tema “Fraternidade e a vida no planeta”. Entre os principais objetivos da campanha deste ano, está a conscientização sobre o aquecimento global e as consequências nas mudanças climáticas. Esta é a 47ª edição da campanha, criada em 1964. Com o tema, a igreja pretende incentivar ações que preservem a vida no planeta. O tema meio ambiente já foi tratado em outros campanhas da Fraternidade, como a de 2007, que tratou da Amazônia com o tema “Fraternidade e Amazônia – vida e missão neste chão”.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Índios protestam contra construção de Belo Monte em Londres

Foi a materialização da expressão "para inglês ver": três índios (dois brasileiros e uma peruana) ficaram uma hora num frio de 4 ºC em plena City de Londres (centro financeiro da cidade) nesta quarta-feira cantando contra o governo brasileiro e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

"BNDES, que vergonha. Ajudar destruir a Amazônia" e "BNDES, que coisa feia. Coloque as usinas na geladeira", cantavam os índios e um grupo de cerca de 50 apoiadores.

A manifestação foi na frente do banco e pretendia chamar a atenção para os prejuízos que a construção de usinas nos rios Madeira e Xingu trará para as populações indígenas.

O mesmo grupo esteve antes em Oslo, Genebra, e em Paris, onde se encontraram com políticos e empresários.

Almir Suruí, líder dos suruís, de Rondônia, diz entender que a construção dessas das usinas é irreversível, mas afirma que mesmo assim é preciso protestar para que o governo tenha responsabilidade social e ambiental em projetos futuros.

Já Sheila Juruna, do Xingu, diz que é preciso desmascarar o governo brasileiro no exterior. "O Brasil vende uma imagem mentirosa para o mundo. O governo não respeita as populações indígenas, só está interessado em dinheiro e em satisfazer as empresas."

Sheila diz que seu povo está disposto a "lutar com o próprio corpo" contra as usinas.

A viagem dos índios foi bancada por ONGs, como a britânica Survival e a americana Amazon Watch.

O ato atraiu a atenção de alguns jornalistas, mas não dos ingleses que trabalham na região. Talvez porque os índios não estivessem com roupas exóticas. Portavam cocares de pena, mas o frio obrigava que estivessem de bota, casaco e luvas.

Depois do protesto, a ativista Bianca Jagger se uniu aos índios para entregar uma carta no BNDES. Não foram recebidos. Fonte: Folha Online

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Babaçu pode gerar energia para cidades da Amazônia

Um estudo desenvolvido no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) busca provar que é possível substituir o uso do petróleo e do diesel na geração de energia para pequenas cidades amazônicas por meio da fermentação de sobras de madeira e da queima do babaçu, fruto de palmeira de crescimento abundante na região que é pouco utilizado pela população local.

A ideia se baseou nas características das cidades amazônicas, como isolamento, dificuldades logísticas para o transporte de combustível e concentração populacional em comunidades de áreas rurais – e também na necessidade mundial de buscar fontes de energia mais limpas e menos poluentes, segundo explicou o pesquisador Luiz Antônio de Oliveira, doutor em microbiologia e coordenador de Pesquisas em Ciências Agronômicas do Inpa.

“Ao usar restos de madeira e frutos caídos do babaçu, a pesquisa quer mostrar que é possível reaproveitar matérias-primas hoje rejeitadas ou que não apresentam serventia aparente em sua forma natural”, destacou o pesquisador.

Para se chegar ao resultado final esperado, segundo ele, as técnicas e estudos científicos já desenvolvidos pelo instituto em outras áreas de pesquisa serão fundamentais.

Álcool de madeira – O produto final gerado pela fermentação dos restos de madeira é um tipo de álcool com propriedades ainda desconhecidas pelos pesquisadores. “Pegamos espécies diferentes de madeira, colocamos micro-organismos para fazer a fermentação e produzimos álcool”, explicou.

A ideia é utilizar a substância para alimentar usinas termelétricas de pequenas cidades. Segundo Oliveira, os dejetos e a serragem chegam a representar até 70% do volume de madeira cortada em madeireiras da Amazônia.

O emprego do babaçu na produção de energia, conforme sugere a pesquisa, é ainda mais simples: o fruto seria recolhido do chão e jogado em caldeiras de termelétricas para a produção de energia, funcionando como lenha. A pesquisadora e especialista em palmeiras amazônicas, Ires Paula Miranda, está estudando o volume de árvores de babaçu disponíveis na região para medir a viabilidade econômica e ambiental da ideia em cada cidade, especialmente no Amazonas, onde está localizada a sede do Inpa.

Ires Paula Miranda explicou que a árvore do babaçu migrou do Maranhão para o Amazonas nas últimas décadas por pressão do desmatamento. Essa característica torna a espécie ainda mais viável para o uso com biocombustível, segundo a pesquisadora.

“O babaçu tem uma capacidade de germinação enorme, cresce até no asfalto, chegando a ser considerado uma praga por pecuaristas no sul do Pará”, explicou ela, que é doutora em botânica e coordena o do Laboratório de Estudos em Palmeiras (Labpalm) do Inpa.

Potencial – O município amazonense de Barreirinha, distante 330 km de Manaus, é exemplo de potencialidade para o uso de babaçu em substituição ao petróleo e ao diesel na geração de energia. De acordo com estimativas da especialista em palmeiras da Amazônia, a cidade reúne mais de três milhões de árvores da espécie, com produção de 200 kg de fruto por planta. Além disso, a árvore do babaçu dá frutos durante todo o ano e pode ser encontrada em pelo menos 20 dos 64 municípios do Amazonas.

O valor calórico do fruto amazônico também está em fase inicial de testes, de acordo com o pesquisador Luiz Antônio de Oliveira, que espera concluir e publicar a pesquisa no prazo de dois anos. O estudo levantará ainda a viabilidade econômica e logística de modificar a matriz das termelétricas em pequenas cidades da Amazônia com base nos testes realizados com madeira e babaçu para apresentar às indústrias e ao governo.

Para o pesquisador do Inpa, o emprego do conhecimento científico na vida das populações da Amazônia ultrapassa os limites da proteção ambiental. “Essa cadeia fixaria o homem em sua cidade de origem, desafogando os centros urbanos, geraria emprego e renda para a população organizada em cooperativas e ainda baratearia o custo da energia elétrica”, explicou Oliveira. (Fonte: Portal Terra)

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Veja alguns animais que estão ameaçados de extinção na Amazônia

Onça-pintada

Macaco-aranha

Pirarucu

Tatu-Canastra

Peixe-boi

Tamanduá-bandeira

Jaguatirica

Macaco guariba

Jacutinga

Gato-do-mato

Cuxiú

Doninha amazônica

Ariranha

Ararinha azul

Uacari

Socó-boi

A lista de espécies ameaçadas de extinção é cada vez maior. Duzentos e oito animais constam na lista oficial de espécies ameaçadas no Brasil. Está lista é sempre atualizada pelo Ibama, que conta com a colaboração de instituições reconhecidas e cientistas especializados. Veja acima algumas espécies que correm perigo no bioma que compreende a floresta Amazônica. Entre as principais causas estão a perda ou fragmentação dos habitats, a caça predatória, a poluição, a alteração climática e a expansão agrícola.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Cientistas criticam novo Código Florestal

As duas principais organizações científicas do país publicam nos próximos dias um aguardado relatório sobre a nova versão do Código Florestal Brasileiro. O texto deve esquentar mais ainda o debate sobre a lei no Congresso.

No documento, a SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência) e a ABC (Academia Brasileira de Ciências) dirão que as áreas de preservação permanente, como matas em margens de rio, não podem ser alteradas.

A flexibilização dessas áreas está prevista no texto que segue em análise na Câmara dos Deputados.

Na verdade, continuam os especialistas, a lei atual dá a elas menos proteção do que elas precisam hoje. Essa proteção apenas diminuiria.

De acordo com os cientistas, tanto essas áreas quanto as reservas legais precisariam ser mantidas e recompostas para o bem da própria atividade agrícola.

Isso porque culturas como o café, soja e maracujá, por exemplo, dependem de 40% a 100% dos polinizadores que se abrigam nesses locais.

Os cientistas dirão também que o Brasil tem terras de sobra para a expansão da agropecuária, bastando para isso mudar a política agrícola, e que também é possível recuperar as áreas desmatadas de forma irregular. (Fonte: Claudio Angelo/ Folha.com)

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Fortificações na Amazônia


Vários fortes foram estabelecidos na Amazônia durante a colonização portuguesa, a fim de manter os espaços conquistados e efetivar a posse. As fortificações foram estabelecidas em pontos estratégicos, ao longo das vias fluviais, dominando a embocadura dos rios e, em consequência seu curso. Como exemplos de fortes preservados temos: o Forte do Presépio, o Forte de São José de Macapá e o Forte Príncipe da Beira, entre outros. Os portugueses selecionaram as regiões mais longínquas, os pontos mais favoráveis, os locais de passagem obrigatória e os ocuparam com destacamentos militares.