sexta-feira, 24 de junho de 2011

Homenagem à árvore e a floresta

Foto: Rodrigo Baleia

Li este texto em algum livro do qual não me recordo agora, ele é parte do discurso que Coelho Neto fez no Parlamento Nacional em 1911 em defesa das florestas. Apesar de ter sido proferido em 1911 continua super atual e joga luz em uma questão que está sendo discutida no momento o novo Código Florestal. Compartilho com vocês.

"Enquanto o machado rechia nos troncos e as labaredas fazem crepitar a folhagem enlutando de fumo o recesso virente, o homem não dá pelo mal, tão àvida é nele a cobiça, que só para o lucro tem olhos. Ai! dele...a floresta vinga-se morrendo; onde cai, esplana-se o deserto...e os espectros das florestas mortas são a fome, a sede, a enfermidade, os ciclones, as inundações..."

terça-feira, 21 de junho de 2011

Florestas são fonte de 200 mil famílias que vivem do extrativismo na Amazônia

As florestas são a fonte de pelo menos 200 mil famílias que vivem do extrativismo só na Amazônia. Entre os produtos oferecidos pela floresta estão o pescado, a castanha, óleos vegetais, fibras, açaí, pequenos artefatos de madeira e a borracha da seringueira. No Plano Brasil Sem Miséria, lançado pelo governo federal no começo do mês, está prevista a implantação do Bolsa Verde, um auxílio trimestral de R$ 300 para as famílias que contribuam para a conservação ambiental no ambiente em que moram e trabalham.

Apesar de ter o direito à terra reconhecido, comunidades quilombolas lutam pela titulação

A titulação do território ainda é a principal luta das milhares de comunidades remanescentes de quilombos em todo o Brasil. Estimativa da Comissão Pró-Índio de São Paulo aponta a existência de 3,5 mil comunidades no país – apenas 6% delas têm o título de suas terras. O Decreto 4.887 de 2003 assegura o direito à terra às comunidades que se autoidentificarem quilombolas.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

domingo, 12 de junho de 2011

Reportagem do jornal El País fala sobre a onda de violência na Amazônia

Uma reportagem do jornal El País deste domingo (12) intitulada "El Amazonas queda fora da ley" traz a tona uma série de questão sobre vários problemas que a Amazônia vem sofrendo, uma delas e a onda de assassinatos contra ativistas ambientais, segundo a reportagem mais de 200 pessoas já foram assassinadas nos últimos 15 anos pelos conflitos agrários é o pior os assassinos geralmente são latifundiários e madeireiros e ficam impunes. De acordo com a reportagem uma das causas que avivou os conflitos seria a aprovação do código florestal no congresso que anistiaria todos os crimes ambientais cometidos até 2008. A reportagem do El País ainda traz os nomes dos principais ativistas que perderam suas vidas recentemente todos por denunciarem irregularidades cometidas contra a floresta, como José Cláudio Ribeiro da Silva e sua esposa, Maria do Espírito Santo da Silva e Adelino Ramos.

Para ler a íntregra da reportagem do Jornal El País coloco a disposição o link "El Amazonas queda fora da ley"Link


domingo, 5 de junho de 2011

Código Florestal como foi aprovado na Câmara poderá agravar mudanças climáticas, alertam cientistas do IPCC

Quatro dos cientistas brasileiros que fazem parte do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), da Organização das Nações Unidas (ONU), alertaram para o possível agravamento sobre o clima com a entrada em vigência da atual versão do Código Florestal aprovada pela Câmara. Segundo eles, o aumento da pressão sobre as áreas de florestas comprometerá os compromissos internacionais firmados em 2009 pelo Brasil na Conferência de Copenhague, de diminuir em até 38,9% a emissão de gases de efeito estufa (GEE) e reduzir em 80% o desmatamento na Amazônia até 2020.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Anistia Internacional pede suspensão do projeto de Belo Monte

A organização Anistia Internacional pediu nesta quinta-feira ao governo do Brasil que suspenda o projeto de construção da hidrelétrica de Belo Monte até que os direitos da população indígena estejam "plenamente garantidos".

"O Brasil deve acatar as recomendações da Comissão Interamericana de Direitos Humanos [CIDH] para suspender a construção da represa de Belo Monte até que os direitos das comunidades indígenas locais estejam plenamente garantidos", disse Guadalupe Marengo, subdiretora da região Américas da organização que tem sede em Londres.

"Continuar com a construção da represa antes de assegurar que os direitos das comunidades indígenas estão protegidos equivale a sacrificar os direitos humanos pelo desenvolvimento", acrescentou em um comunicado.

A CIDH, órgão autônomo da Organização dos Estados Americanos, pediu em abril ao Brasil a suspensão imediata da construção e uma consulta com os povos indígenas afetados pelo impacto social e ecológico da obra gigantesca no rio Xingu, no Estado do Pará.

Na quarta-feira, no entanto, o Ibama concedeu a licença ambiental, considerada a permissão definitiva para a construção da hidrelétrica. As obras ficaram paralisadas por vários anos em consequência da oposição dos ecologistas e indígenas.

Com 11.200 MW de potência e um custo de 11 bilhões de dólares, a hidrelétrica de Belo Monte deve a ser a terceira maior do mundo. Inundará uma área de 516 quilômetros quadrados em duas represas e provocará o deslocamento de 16.000 pessoas. Fonte: Folha Online

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Jorge Viana vai relatar projeto de lei do Código Florestal na Comissão de Meio Ambiente do Senado

Nesta terça-feira o senador Jorge Viana (PT-AC) foi escolhido para ser o relator do projeto de lei do Código Florestal na Comissão de Meio Ambiente do Senado e nesta quarta-feira o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), solicitou à presidente Dilma Rousseff um prazo de 180 dias para que o Senado analise a reforma do Código Florestal e do decreto que suspende os efeitos da lei de crimes ambientais e que vence no próximo dia 11.

Brasileiros criticam Código Florestal em carta na “Science”

Pesquisadores da Unesp (Universidade Estadual Paulista) publicaram na última edição da revista especializada “Science” uma carta sobre os impactos do novo Código Florestal para a preservação das comunidades de anfíbios.

De acordo com os cientistas, mesmo os pequenos fragmentos de matas ciliares ou das propriedades rurais são importantes para a biodiversidade desses animais.

Essas áreas oferecem, além de refúgio, corredores de dispersão que ligam regiões importantes para a busca de alimentos e reprodução.

Qualquer alteração que se traduza em redução de vegetação nativa pode gerar perdas de espécies, homogeneização da fauna e diminuição das populações.

“Pretendemos estimular um conjunto de reflexões integrando ecologia, sociedade e políticas públicas”, disse à Folha um dos autores do documento, o biólogo Fernando da Silva, da Unesp de São José do Rio Preto.

A ideia, de acordo com Silva, é informar os cidadãos “e estimulá-los a pensar e agir sobre problemas ambientais com base em dados científicos, e não em especulações”.

O novo Código Florestal foi votado e aprovado no último dia 25 pela Câmara e o texto segue para avaliação do Senado.

Alterações - O texto prevê, entre outras mudanças em relação ao vigente, o fim da proteção à mata nativa em pequenas propriedades rurais e a diminuição da mata ciliar. Ele ainda tem de ser aprovado no Senado antes de entrar em vigor.

Para os autores da carta, essas medidas levam a uma maior fragmentação ambiental, colocando os animais sob risco de perder sua diversidade genética, já que terão dificuldade de achar parceiros com bom nível de diferenças genéticas, por estar isolados.

Os cientistas lembram também que a regulação da qualidade das águas, a polinização de lavouras e o controle de pragas são serviços gratuitamente fornecidos pela vegetação natural.

Com a diminuição das matas, muitos desses serviços seriam perdidos, prejudicando a todos, argumentam. De acordo com os cientistas consultados, a repercussão internacional da carta está sendo bastante “positiva”. (Fonte: Marco Varella/ Folha.com)

Ibama fecha madeireiras na região do Pará onde extrativistas foram executados

Uma semana depois do assassinato dos líderes extrativistas José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo da Silva em Nova Ipixuna, no sudeste do Pará, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) multou e fechou duas madeireiras da região.

Após a execução das lideranças, que denunciavam a exploração ilegal de madeira na região, o Ibama decidiu reforçar a fiscalização em Nova Ipixuna. Pelo menos 20 agentes foram deslocados de outras frentes de operações na Amazônia para a região.

Como os ruralistas veem nossas florestas


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