Os recursos naturais sempre foram vistos como algo que não teriam fim esta concepção começa a mudar a partir da década de 1950. As primeiras coberturas especiais do jornalismo ambiental foram feitas após a segunda guerra mundial quando a questão do meio ambiente ganhou relevância global, mas neste momento poucos repórteres ainda escreviam com profundidade sobre os temas.
Hoje o jornalismo ambiental ainda engatinha, ou seja, é muito incipiente no Brasil. Destaca-se neste cenário as mídias alternativas como a internet que já possuem um maior espaço. As mídias ambientais da web têm cumprido um papel importante, mas ainda atingem pessoas já despertas ou conscientizadas e comprometidas com a temática.
As universidades e faculdades ainda não acordaram para a formação da área na graduação ou pós-graduação o que deve mudar nos próximos anos.
Não se pode praticar jornalismo ambiental sem compromisso, apostando numa pretensa objetividade. É importante se quisermos efetivamente trabalhar para soluções dos problemas perceber conexões entre meio ambiente, a política, a economia, a cultura, a saúde e a sociedade e o que diz o jornalista Wilson da Consta Bueno. Ele não pode ficar em cima do muro ele deve tomar partido afinal o mundo esta sendo destruído e há muito a ser denunciado como a farsa do desmatamento que continua a crescer a cada dia.
É importante o jornalista que quiser trabalhar nesta área saber trabalhar conceitos, por exemplo, explicar que plantação de eucalipto não é floreta e nunca será por que afronta a biodiversidade; Mineradoras não produzem minérios apenas os extraem; Agrotóxico não é remédio para planta que os transgênicos usam pesticidas e muito. O jornalista precisa esclarecer a população sobre o misto de conceitos como sustentabilidade, desenvolvimento sustentável, agrotóxicos, transgênicos entre outros todos que são mal trabalhados pela mídia outro fator que contribui também pra a desinformação e que a educação ambiental não ganhou a dimensão devida.
Uma alternativa para superar esses o jornalismo ambiental se desenvolver mais seria os meios de comunicação abrir mais as pautas, ouvir as ONGs, conversar com os cidadãos, colocar o pé na estrada e ver o que esta acontecendo com as florestas, com o cerrado, o mar, os rios. Afinal jornalismo ambiental de gabinete não funciona.
O jornalista André Trigueiro é hoje um dos maiores nomes do jornalismo ambiental, segundo ele a mídia ainda esta sensibilizada para os assuntos ambientais é invariavelmente determinadas por circunstâncias trágicas, como vazamentos de óleo, enchentes, estiagem, queimadas, furacões, terremotos, entre outros que é claro merecem destaque no noticiário, mas que ainda falta pautar mais no noticiário os desafios que temos pela frente com relação ao aquecimento global, escassez dos recursos hídricos, destruição voraz da biodiversidade, multiplicação do volume de lixo. “Somos analfabetos ambientais” comenta.
Pensar jornalismo ambiental nos dias de hoje e cada vez mais pertinente já que o modelo de desenvolvimento ultrapassado, predatório e injusto. O jornalismo pode ajudar neste ponto de propor modelos ecologicamente correto. E mostrar que este assunto está mais presente na vida dos brasileiros do que nunca. Muito já foi feito para a mudança de paradigmas ligados a destruição como o Rio + 10, Agenda 21, protocolo de Kioto entre outros. O jornalismo que ainda aparece timidamente nos noticiário tem tudo par crescer nos próximos anos e ganhar mais destaque e reconhecimento que tanto merece.
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