quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Pura Atração

Ramón

Jornal El País, 07 - 10 - 2009

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Frutas da Amazônia - Açaí e Bacaba





O açaí é uma das frutas mais tradicionais e consumidas da Amazônia. Exerce um importante papel socioeconômico e cultural. A forma de consumir o açaí mais utilizada é atraves do consumo do seu vinho, que pode vir acompanhado de farinha de mandioca, farinha de tapioca ou mesmo com pratos salgados como peixe. Energético é rico em proteínas e fibras. A sua polpa também pode virar sorvete, licores, sobremesas, entre outros. Do açaizeiro praticamente tudo se aproveita. Dos seus frutos até suas raízes. A comercialização do palmito dessa palmeira levou a extração indiscrimanada e consequente redução do açaizeiro nativo. Essa palmeira pode atingir 25 m de altura. A cor de seus frutos varia de violeta a negro. As sementes são muitos utilizadas em artesanatos.

Os frutos de bacaba são bem parecidos com o de açaí. A forma de uso também , vinho. A cor de seus frutos variam de violeta ao negro quando maduras. Diferente do açaí, a bacaba por dentro é branca. O seu vinho também é leitoso de sabor muito agradável ao paladar.

As fotos acima foram tiradas no quintal da minha casa, por isso me considero uma pessoa privilegiada de poder viver rodeadas de árvores, não é todo mundo que tem um pomar no quintal. Temos várias espécies como: açaí (foto), pupunha, bacaba (foto), manga, cacau, ínga, goiaba, biribá, acerola, limão, laranja, coco. Tudo isso na cidade.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Uma breve história da comunicação

History of communication from DesignTV on Vimeo.


O vídeo de uma empresa de telefonia móvel do Reino Unido conta a evolução da comunicação em 1 minuto. Excelente. A direção é do ilustrador e animador Kristofer Strom. Pequei daqui.

domingo, 4 de outubro de 2009

Fotojornalismo - uma outra maneira de ver a notícia










O fotojornalismo é hoje um dos elementos essenciais da comunicação. Citando a famosa frase de Kurt Tucholsky uma imagem diz mais que mil palavras. Fotojornalismo de acordo com Lorenzo Vilches se trata de uma atividade artística e informativa, de crônica social e memória histórica. Além de informação visual Nilton Hernandes no livro A mídia e seus truques reafirma que uma fotografia deve ser uma das principais iscas para o olhar em uma página, ou seja, uma das importantes armas na estratégia de arrebatamento e de sustentação. Com suas cores, contrates, ocupação espacial, a foto precisa atrair a atenção do leitor para a unidade noticiosa da qual faz parte. O olhar deve ser fisgado. A evolução dos aparelhos fotografícos no início do século XX, acelerou o desenvolvimento do fotojornalismo. É inegável que a fotografia nos levar a ver o invisível através do visível como diz Gregório Magno. Um fotojornalista ou repórter fotográfico necessita de alguns requisitos:
  • Conhecimento profundo da situação política, social e cultural de seu país;
  • Compromisso com o seu trabalho social;
  • Sensibilidade. Aberto a tudo os que os rodeia;
  • Tecnicamente hábil.
  • Humano para entender a realidade.
As fotos acima pertencem a Wold Press Photos.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Porto Velho - a cidade inCOMPLETA 95 anos



Porto Velho a capital do Estado de Rondônia - Brasil, completou hoje 2 de outubro 95 anos. A cidade foi oficializada em 1914 e nasceu no entorno da lendária e abandonada Estrada de Ferro Madeira Mamoré. Durante estes 95 anos de existência Porto Velho passou por diversos ciclos econômicos entre eles: o da borracha, do ouro e o último a da construção das hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio. Durante todos os ciclos muitas pessoas vinheram para cá em busca do tal afamado eldorado. Muitas ficaram e fincaram raízes, outras foram embora levando sonhos. É importante ressaltar neste momento que esses ciclos são passageiros, às vezes o que fica são apenas sequelas deste suposto "desenvolvimento", "progresso" tão difundido pelos políticos. Na quase centenária Porto Velho ainda se tem muito o que fazer. Temos déficits em várias áreas como educação, cultura, saúde e meio ambiente. É importante não apenas crescer mas se desenvolver. Para que então a cidade possa oferecer a seus habitantes tudo o que necessita para viver com dignidade. Completamos 95 anos com a sensação de que se poderia ter feito mais. Agora é olhar para trás e ver os erros do passado para que não se volte a cometer no presente. Porto Velho "cidade do sol" como reza a lenda quem bebe da água do rio Madeira não vai mais embora. Que assim seja.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Aos namorados do rio

Recebi este este poema do meu amigo Montezuma Cruz da Agência Amazônia de Notícias ele retrata bem a beleza do pôr do Sol no rio Madeira em Porto Velho - Rondônia. Por outro lado também nos leva a refletir o processo de degradação que a Amazônia vem sofrendo. Compartilho com vocês.


O sol de Porto Velho
Do outro lado do rio
É vermelho e grande
Longínquo
No infinito opaco
Da fumaça que se levanta
Na terra queimada
Pela ganância
De quem, enriquecendo
A empobrece

O sol de Porto Velho
É uma prece
E quando pára
No oceano de névoa
Do ocaso, impasse
Estático de tempo
No espaço
Parece que não desce
Quer ficar na terra

O escarlate sol de Porto Velho
De todo fim de tarde
Quando pára
É porque espera
Um carinho, um aceno
Calado do apito do trem
Que nunca vem

O sol de Porto Velho
Fica noite adentro
Espanta-se com a mudança
Das pessoas
Que perderam
O hábito de admirá-lo
E à mata

Não concebe o que fazem
À floresta
A cada dia, semana
Mês ou ano que se passa
E a vontade que tem
É de afastar-se para longe
Das serras e machados

O lindo sol escarlate
Que no fim de tarde
Paira do outro lado do rio
Enfeitado de barcos, balsas
E madeiras flutuantes
É quem faz crescer a selva
Sua amada

Através da bruma seca
Olha à cidade
De esguelha
E num apelo triste
Pede às migalhas
Da espécie humana,
Homens e mulheres
Que se comportem
E não matem
Nem desmatem
A alma viva
Da paisagem
Não a transformem
Em natureza morta

O sol de Porto Velho
Do outro lado do rio
Imenso, parado
Olha nos olhos a alma
E as verdades
De cada um
Que as águas do Madeira
Levam para lavá-las
E perdê-las no mar azul

Aproveitem hoje
E ao pôr-se o sol em Porto Velho
Lembrem-se de que
Igual não há
No mundo

Talvani Guedes da Fonseca

O autor é jornalista e atualmente mora em Natal (RN), sua terra. Foi um dos primeiros repórteres e redatores da revista "Veja" (em São Paulo). Chefiou a sucursal do Recife. Foi repórter especial do Jornal do Brasil. Também chefiou a sucursal da extinta Empresa Brasileira de Notícias em Porto Velho.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

A alma encantadora das ruas - leitura indispensável para jornalistas


"Oh sim!, as ruas têm almas. Há ruas honestas, ruas ambíguas, ruas sinistras, ruas nobres, delicadas, trágicas, depravadas, puras, infames, ruas sem história, ruas tão velhas que bastam para contar a evolução de uma cidade inteira, ruas guerreiras, revoltosas, medrosas, spleéneticas, snobs, ruas aristocráticas, ruas amorosas, ruas covardes (...)"
"Não vos lembrais da rua do Sacramento, da rua dos penhores? Uma aragem fina e suave encantava sempre o ar. Defronte à igreja, casas velhas guardavam pessoas tradicionais. No tesouro, por entre as grades de ferro, uma ou outra cara desocupada. Era ali que se empenhavam jóias, que pobres entes angustiados iam levar os derradeiros valores com a alma estrangulada de soluços (...)"
"A alma da rua só é inteiramente sensível a horas tardias. Há trechos em que a gente passa como se fosse empurrada, perseguida, corrida - são as ruas em que os passos reboam, repercutem, parecem crescer, clamam, ecoam e, em breve, são outros tantos passos ao nosso encalço. (...)"

As frases acima pertencem ao livro A alma encantadora das ruas do autor João do Rio, pseudônimo do jornalista, cronista, tradutor, escritor e teatrólogo carioca João Paulo Emílio Cristovão dos Santos Coelho Barreto (1881-1921). O livro de crônicas A alma encantadora das ruas é uma obra essencial da literatura brasileira e também para leitura de quem pretende seguir a carreira de repórter. Referência para formação do jornalista. O estilo do livro se baseia na observação, descrição e na narração das ruas e da sociedade moderna do Rio de Janeiro. Elementos esses que tendem a enriquecer e humanizar os textos jornalísticos. Fidel Chávez Perez no livro Redaccion Avanzada diz que a observação é uma faculdade que a maioria das pessoas possuem, mas desafortunadamente não a desenvolvem porque no geral nos acostumamos a ver, a olhar, mas nem sempre a observar, a captar, mediante análise minuciosa, o maior número de detalhes de que se observa seja de um objeto, ou um acontecimento. Este célebre livro escrito em 1908 é uma leitura muito agradável e para que quiser ler a obra pode baixar aqui.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Cachoeira Vale do Paraíso


A cachoeira Vale do Paraíso é que podemos chamar de paraíso na terra. Paraíso escondido na selva Amazônica. Lugar de beleza e paz. Sua queda d'água é em formato de degraus. É um dos cartões postais da cidade de Alenquer, oeste do Pará. Cidade com pouco mais de 40 mil habitantes, a cachoeira fica distante 58 Km da área urbana. Além de banhar-se em suas águas os visitantes ainda podem fazer trilha no local. Perto desta estão outras duas cachoeiras. Uma destas é a véu de noiva. Durante o inverno o fluxo de suas águas ficam mais intensos.

Para quem quiser visitar no local há uma pousada que oferece chalé para hospedagem, restaurante e também você pode conhecer alguns animais da fauna amazônica. Eu recomendo.

domingo, 13 de setembro de 2009

"La Amazonia no es un santuario inviolable"

ENTREVISTA: El futuro de Brasil MARINA SILVA Posible candidata a la presidencia por el Partido Verde

Marina Silva tiene una imagen frágil, que desmiente su biografía. Nacida hace 51 años en una familia pobrísima de seringueros (recolectores de caucho) trabajó desde niña en el campo como criada y fue analfabeta hasta los 15 años. Aprendió a leer en un convento, antes de dedicarse al sindicalismo y de convertirse en estrecha colaboradora del legendario ecologista Chico Mendes. Terminó doctorándose en Historia del Arte. Casada, tiene cuatro hijos (de 21 a 10 años). Silva ha pasado por una larga trayectoria política en el Partido de los Trabajadores (PT) sin perder fuerza en la defensa de sus ideas y sin que nadie la haya acusado jamás de corrupción. Su desembarco hace un mes en el Partido Verde, desde donde probablemente aspirará a la presidencia del país, ha causado un terremoto político.

En su austero despacho en el Senado, Marina Silva se esfuerza en no lanzar ni el menor ataque contra Lula. Incluso responde con bromas a la acusación del presidente de que la campaña de Silva será "samba de una sola nota". "Está siendo generoso porque me brinda uno de los lemas de su propia campaña, que era, ese sí, de una sola nota: "Lula-la", se ríe. Sin embargo, la senadora tiene buen cuidado de referirse siempre al progreso de Brasil como "un proceso de los últimos 16 años", es decir, que se inicia con Fernando Henrique Cardoso y no con Lula.

Pregunta. ¿Qué ha cambiado en Brasil desde que llegó Lula?

Respuesta. Ha habido algunas conquistas importantes. Por ejemplo, relación con el equilibrio fiscal y a la estabilización de la moneda, lo que ha permitido atravesar la actual crisis con alguna tranquilidad. Con la llegada de Lula se produjo un cierto sobresalto, pero yo diría, como dato muy positivo, que la democracia esta ya consolidada y que hemos tenido avances notables en la agenda social. Brasil tenía índices de pobreza inaceptables y en los últimos años se han reducido en un 19%.

P. ¿Por qué se marchó usted del Gobierno Lula?

R. No sentía que tuviera el apoyo necesario para mantener las políticas medioambientales tal como fueron concebidas. Pasó a finales de 2007. En tres años, nuestro plan había conseguido disminuir la deforestación en un 57%, pero al no cumplirse otras directrices, en la Amazonia volvió el riesgo de que se volviera a reanudar la destrucción de la selva. Tomamos medidas drásticas, como prohibir el crédito a empresas ilegales, llevar a la cárcel no sólo al que destruía la selva, sino también al que plantaba, producía y exportaba. Se creó una gran tensión y tanto yo, como mi equipo, vimos que el Gobierno estaba dispuesto a derogar esas medidas.

P. Hay un gran debate sobre hasta dónde puede desarrollarse la Amazonia.

R. El término socio-ambientalismo, que significa integrar la protección de la selva con el desafío de promover la inclusión social, fue acuñado en la Amazonia a partir de la lucha de Chico Mendes. Para nosotros, los de la Amazonia, esa visión de la defensa del medio ambiente nunca fue interpretada en términos de conservar esa tierra como un santuario inviolable. Desde los inicios, todo el esfuerzo versó sobre cómo integrar medio ambiente y desarrollo económico en una misma ecuación, sabiendo que no es posible repetir con la Amazonia los errores que ya se hicieron con la Mata Atlántica (de la que queda sólo un 5%) o del Cerrado, (la meseta brasileña, cuya destrucción ha llegado ya al 50%). La Amazonia ha sido destruida en un 17%.

P. ¿Culpa a Lula del fallo de la política ambiental?

R. No se trata de personalizar. El problema de asumir la economía sostenible como estrategia es algo complicado que no existe todavía en ningún lugar del mundo y que ningún partido asume completamente. Lo que el Partido Verde y yo estamos haciendo es innovador y no podemos satanizar a los demás por no haberlo hecho aún. Lo que hay que criticar es que se siga perdiendo tiempo cuando ya es posible hacer que Brasil dé ese paso, porque reúne las mejores condiciones para ello.

P. ¿Mantendría usted la política económica del Gobierno Lula?

R. Los procesos son acumulativos. No existe espacio para procesos nihilistas en relación con lo ya conquistado. Existe un reconocimiento de que en los últimos 16 años Brasil consiguió el equilibrio fiscal y la estabilización de la moneda, junto con la gran innovación que introdujo Lula y que fue la cuestión de la distribución de renta. Todo ello debe ser preservado. Creo que tenemos espacios para mejorar, y que ya no existe el peligro de que se destruya todo lo que se fue construyendo en los últimos 16 años.

P. Tras el descubrimiento de nuevos yacimientos de petróleo y de gas en Brasil, se empieza a hablar de un cierto nacionalismo.

R. Brasil tiene una economía de mercado, abierta. Es legítimo que los países quieran usar sus recursos naturales en beneficio de su pueblo, lo que no significa que nos vayamos a cerrar como una isla. Hoy es imposible pensar en cerrar puertas al capital extranjero. Lo que pasa es que, a veces, algunas empresas extranjeras querrían actuar aquí con una flexibilización de la legislación ambiental que no tienen ni en sus propios países. Eso no puede ser.

P. Uno de los grandes retos de Brasil es la corrupción, que se ha incrustado en todas las instituciones, de forma alarmante.

R. Aún reconociendo que Brasil tiene problemas graves de corrupción no osaría decir que Lula no ha hecho nada a ese respecto. Él puso en marcha sistemas de control y amplió significativamente la capacidad de investigación de la Policía Federal. Cuando fui ministra de Medio Ambiente llevamos a la cárcel a 725 personas. Muchas de ellas eran servidores públicos. Sin la libertad de investigación dada a la policía por el Gobierno eso hubiese sido impensable. Si hoy la corrupción se ve más es porque se investiga más.

P. En una hipotética segunda vuelta en 2011, ¿daría usted sus votos a la candidata de Lula o al candidato socialdemócrata de la oposición?

R. No puedo hablar aun como candidata, pero creo que el debate debe ser sobre ideas y que la ética debe prevalecer. Yo nunca mentiría respecto a la honorabilidad de alguien para ganar unas elecciones. Y desde un punto de vista político, lo que creo es que si me presento será con la aspiración de llegar a esa segunda vuelta. Yo querría hacer algo parecido a lo que hizo el PT hace 20 años, cuando rompió con los partidos tradicionales. Ha llegado otra vez el momento de unir a todas las fuerzas, sociales, políticas, intelectuales del país, para crear una nueva estrategia para Brasil.


JUAN ARIAS / SOLEDAD GALLEGO-DÍAZ - Brasilia - 13/09/2009. Jornal El País.