Rebelo disse na terça-feira que pretende apresentar seu relatório ainda este mês. “Os ambientalistas têm todo o tempo do mundo, os produtores rurais não. Eles têm uma safra todo ano para colher. A safra dos produtores rurais não depende da ajuda dos governos europeus, depende do trabalho deles, ao contrário dos ambientalistas”, disse.
ONGs e parlamentares da Frente Ambientalista temem que a mudança na legislação ambiental em época de eleições seja usada como moeda de troca por parlamentares ligados ao agronegócio para garantir apoio em suas bases.
“A bancada ruralista permeia toda a base aliada. Podem chantagear o governo e têm enorme pode de fogo”, argumentou o deputado Ivan Valente (P-SOL-SP), após participar de audiência pública da comissão especial.
O debate terminou mais uma vez em bate-boca. O deputado Sarney Filho (PV-MA) se irritou quando o colega Anselmo de Jesus (PT-RO), que presidia a sessão, disse que ia encerrar a audiência por causa de uma reunião fechada para discutir o relatório de Aldo Rebelo.
“Essa reunião é excludente ou é aberta para os outros deputados?”, questionou Sarney Filho. “Não vou pegar ninguém no colo para levar para reunião. Não é uma reunião pública, é uma obrigação nossa, que andamos esses estados todos, e não de outros que nem descolaram a bunda da cadeira”, respondeu Anselmo de Jesus.
Coube ao ruralista Moacir Micheletto (PMDB-PR), presidente da comissão, acalmar os ânimos. “Será uma reunião eminentemente técnica. Fiquem tranquilos porque nada está sendo feito nos subterrâneos”, disse. (Fonte: Agência Brasil)
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